CELLS AT WORK

O ANIME QUE ACABARIA COM O CORONAVÍRUS

Imagem/Divulgação
O anime é uma adaptação do mangá escrito e ilustrado por Akane Shimizu, que explora um tema incomum, entretanto recorrente em nosso cotidiano. Cells at Work discorre sobre o dia a dia das células de nosso organismo, explorando de modo fictício a construção de uma sociedade organizada, que em conjunto trabalha para manter a homeostase dos sistemas. Embora em si realmente essa descrição seja uma realidade, o autor atribui traços e características humanas as células, evocando temas recorrentes presentes nas obras Shonen, como amizade, compaixão e claro lutas sanguinárias até a morte. 
Para agregar mais a série, os elementos presentes possuem caráter educativo, pois seus fatos, personagens e enredos são baseados em descobertas reais da biologia celular. De modo por vezes cômico, são apresentado os diferentes tipos de células que atuam no sistema, como as hemácias, glóbulos brancos, monócitos, células T de defesa e as amadas plaquetas. Cada classe com suas características distintas, onde acompanhamos dois personagens principais: o recém nascido atrapalhado Glóbulo vermelho AE-3803 e o focado e apático Neutrófilo U-1146
                                                   A esquerda AE-3803 e a Direita U-1146

É exatamente no contraste entre as diferentes células e personagens, que está o diferencial da série. Em uma mesma cena podemos perceber a variações nos tons e intensidade dos acontecimentos, temos momentos de extrema “fofura” balanceados em seguida por sequências de esfaqueamentos e mutilações em massa. Essa dinâmica proposital é uma interpretação do ciclo da vida e a caótica natureza, onde a luta pela sobrevivência é constante, não havendo certo ou errado, restando somente a natureza de cada ser. No caso dos Glóbulos Brancos, cujo o personagem U-1146 é um dos principais da série, sua natureza é somente detectar e aniquilar possíveis ameaças ao corpo humano, como os vírus e bactérias. A cor apática e totalmente branca, dessas células contrasta com o vermelho sangue, que mancha suas roupas decorrentes de incríveis batalhas contra estes seres maléficos. 
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E a criatividade do autor parece não ter limites quando se trata das diferentes funções do organismo, como há exemplo do espirro, dado por foguetes atirados ao céu, o caldeirão fervente do estômago que pode ser visto como um passeio no aquário pelas células, as literais árvores pulmonares e o coração, ao molde dos clássicos castelos feudais japoneses. 
A série é uma boa pedida para aqueles que tem nostalgia do clássico desenho estadunidense dos estúdios Warner Bros, Ozzy e Drix, transmitido e distribuído no Brasil pelo canal Cartoon Network, que aborda a mesma temática sobre o sistema imune de Cells at Work. Para concluir Cells at Work possui poucos episódios, diverte e instrui, sendo perfeita para aumentar os ânimos de uma quarentena, quem sabe até não melhorar o sistema imune também. 
O anime é produzido pelo estúdio David Production e dirigido por Kenichi Suzuki (JoJo’s Bizarre Adventure). Está disponível nas plataformas Netflix e Crunchyroll e uma segunda temporada anunciada em março deste ano já se encontra em produção.
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