Breve Introdução a Psicologia Analítica – Parte II


    Breve Introdução a Psicologia Analítica
Parte II – Pai

   Continuando  o tema  introdução a psicologia analítica, nesta parte, iremos abordar a vida de Carl Gustav Jung, o pai da psicologia analítica, ou como também conhecida psicoterapia Junguiana.  O  presente texto irá explorar como se deu relação de Jung com Freud e o desenvolvimento de sua posterior teoria, que adentrou em campos místicos, artísticos, simbólicos e mitológicos do ser humano. O objetivo dessa parte é apenas uma breve apresentação sobre quem foi Jung. A grandeza de sua história de vida não pode ser resumida em poucas páginas escritas, portanto aos interessados em conteúdos mais profundos sugiro a leitura das obras presentes nas referências bibliográficas ao final de cada artigo. Sem maior enrolação vamos ao segundo ato.

OBS: A primeira parte desse artigo se encontra no link Psicologia Analítica na barra de opções do blog, não deixe de conferir! Clique Aqui para acessar!

Breve Bibliografia
Carl Gustav Jung (1875-1961)
   Carl Gustav Jung nasceu em 26 de julho de 1875 em Kensswil (Suíça), seu pai era um pastor protestante, doutorado na área linguística e sua mãe dona de casa. Desde pequeno Jung já demonstrava certa curiosidade pelas questões da mente humana, tendo ele passado por diversas experiências daquelas inexplicáveis e transcendentais, em sua bibliografia relata uma série de sonhos que marcaram sua vida, desde a infância. Introvertido e sensitivo, desde criança teve dificuldades de se encaixar no modelo social, tendo problemas com estudos em sua época de colégio, em principal com matemática (quem nunca né). Entretanto mesmo com todos os desafios ingressou na faculdade de medicina aos 20 anos. Ao se formar  mudou para Zurique onde ocupou o cargo de segundo assistente no hospital Burgholzli, dirigido por Eugen Bleuler, um dos maiores psiquiatras da história . Havia  na época uma corrente de pensamento que mais tarde viria a se tornar uma religião que intrigou Jung em seus estudos, o espiritismo, ao ter contato com parentes médiuns e sessões espíritas decide então aprofundar mais seus estudos de forma científica, aos eventos paranormais.  No período do curso de sua vida Jung teve uma carreira promissora, defendeu sua tese de Doutorado apenas dois anos após se formar na universidade, cujo título era: Psicologia e Patologia dos fenômenos ditos ocultos, que se tratava do estudo de caso de uma jovem médium espírita. Escreveu diversas  teses, apresentou seus trabalhos em congressos,  estudou junto a psiquiatras renomados e sofreu influência de diversos deles para desenvolver suas teorias, como  já dito Eugen Bleuler, *Pierre Janet e Sigmund Freud. Com o tempo se tornou um Psiquiatra renomado tendo desenvolvidos teses  e teorias sobre neuroses, psicoses, complexos e o inconsciente,   entretanto o encontro com aquele que seria para ele a figura de um Pai, teve grande ênfase no curso  da  história da psicologia.
          *Já foi citado o nome de Pierre no artigo anterior, devemos recordar que ele que cunhou o termo subconsciente, Jung também o considerava como um Pai, talvez até mais que Freud.


                 O   encontro com Freud


A esquerda Carl Jung
A direita Sigmund Freud


                 O primeiro contato entre eles se deu através de estudos publicados por Freud , a qual Jung teve acesso nos primeiros anos de sua carreira como psiquiatra. E em 1906 passaram a conversar sobre suas idéias através de cartas, que foram posteriormente publicadas. Entretanto só vieram a se encontrar pessoalmente um ano após a troca de correspondências, em Viena, onde  conversaram por horas sobre suas teorias. Com tempo a relação deles se estendeu de forma que Freud via Jung como seu sucessor, um filho mais velho,  tendo até o nomeado como primeiro presidente da associação internacional de psicanálise e responsável pelo centro de psicanálise em Zurique. A parceria deles se estendeu até 1912, onde Jung escreveu seu livro, Metamorfoses e Símbolos da Libido,que continha teorias que causaram  divergências entre os dois. Jung tinha uma visão mais ampla no que se travava de energia psíquica, ao qual Freud relaciona com Libido sexual, pulsão sexual instintiva, enquanto Jung abrangia a  um impulso de espiritualização. Freud achava que as idéias de seu companheiro iriam denegrir a imagem da psicanálise no meio acadêmico, no qual já passava por dificuldades em ser aceita. As teorias um tanto ‘’místicas’’ e ‘’transcendentais’’ de Jung não foram creditadas por ele. Aos poucos a relação se tornou cada vez mais distante e difícil até o momento de rompimento da parceria e o desenvolver de sua própria teoria, a psicologia analítica.

              O desenvolvimento de sua teoria
            Após uma série de Congressos, onde Jung propôs outras interpretações referentes a psicanálise, ocorreu  no início do ano de 1913 o rompimento de sua relação com Freud e a Associação de Psicanálise, depois disso eles nunca mais se reencontraram.  
                   Esse rompimento propiciou a Jung a energia necessária para desenvolver sua própria teoria e explorar o vasto mundo dos símbolos, mitos, sonhos e fantasias. Jung possui uma obra com diversos livros onde formula suas teorias em bases a casos clínicos. As suas idéias são até os dias atuais consideradas controversas, por estudar temas como Alquimia, Gnosticismo,Espiritualismo, entretanto a eficácia de seu método é reconhecida e seus estudos influenciaram diversos campos da ciência. Jung faleceu de ataque cardíaco em 1961, seu último livro foi escrito com quando tinha 83 anos, se tratava de uma autobiografia, repleta de memórias e reflexões sobre sua vida. A psicologia analítica possui diversos adeptos no mundo e seus estudiosos levaram adiante suas teorias, que estão em constante evolução. Toda sua obra é baseada principalmente em sua história de vida e a exploração de seu próprio inconsciente, ao mesmo tempo que desenvolvia suas teorias, estava desvendando o seu próprio Eu. No fim em sua busca deixou um legado à humanidade. Ao ler suas obras é possível entrar em contato com o autor, é um mergulho profundo na natureza humana, aos poucos através desse Blog os leitores  perceberão a grandeza de suas descobertas. Espero que assim como elas me ajudaram na compreensão de minha essência, os enfoques abordados aqui,lhe auxilie através de um tema prazeroso, a encontrar algo que desperte em você ao menos a curiosidade em relação a psicologia analítica e suas possibilidades. Na última parte desta introdução irei finalmente apresentar os principais conceitos de Jung afins de lhe dar ferramentas para prosseguir sua jornada.


Para acesso a terceira e última parte do artigo clique aqui!

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